História

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HISTÓRICO DA POLÍCIA COMUNITÁRIA


 

Nos anos 50 e 60, pensava-se que o contato da polícia com a população deveria ser evitado por ser considerada uma fonte perigosa de corrupção.  Aos policiais que patrulham as ruas, os Cosmes e Damiões, se recomendava distância dos moradores, dos comerciantes e dos pedestres.  Esses policiais deveriam inibir o crime por sua mera presença e manter-se alerta para responder a alguma ocorrência. 

 

O distanciamento entre polícia e comunidade era presente também no Canadá, Nova York, Inglaterra entre outros países, os quais também possuíam uma estrutura policial centralizada, desenvolvendo um trabalho de atendimento de emergência o qual costumeiramente define-se como reativo, ou seja, o cidadão aciona a  polícia, esta desloca-se para o local, atende a emergência e volta para o seu posto.  A Comunidade, por achar que Segurança Pública cabia tão somente aos policiais, não desenvolvia ações de aproximação. 

 

Os tempos foram passando e crises de toda natureza foram acontecendo mundo afora, crises econômicas, culturais, sociais entre outras, com as quais as estruturas de segurança não se encontravam preparados para lidar.  Os índices de criminalidade começaram a avolumar-se e as estruturas policiais, por mais que esforçassem, não conseguiam resultados duradouros.  Os países da América do norte, entre eles Estados Unidos (Nova York) e Canadá, começaram, através dos chefes de polícia, implementar pesquisas que resultaram na “Filosofia de Polícia Comunitária”, que tem como premissa “Resolução de problemas locais e complexos com criatividade e participação da comunidade” ( entidades , associações de moradores, instituições municipais, Estaduais, federais, empresários e comerciantes, imprensa, deputados, prefeitos e vereadores ), respeitando as suas competências, mas exigindo parcelas de responsabilidade de suas respectivas competências.

 

A Comunidade passa a participar do contexto de Segurança Pública, procurando, em conjunto com os órgãos de Segurança, resolver problemas locais, culminando portanto, com a diminuição dos índices  de criminalidade.

 

No Brasil, a filosofia de Polícia Comunitária foi introduzida na década de 80, tendo como precursor o Coronel Carlos Nazareth Cerqueira da PM/RJ.  As primeiras experiências de policiamento comunitário surgiram nas cidades de Guaçui e Alegre no Espírito Santo, em 1988, locais com grande índices de criminalidade. Após um trabalho em conjunto envolvendo o policiamento e a comunidade, foram obtidos resultados surpreendentes. Outro exemplo é o Jardim Ângela em São Paulo/SP, o qual, segundo a ONU, era o local mais violento do mundo, com trinta homicídios por dia.